Por Taisser Gustavo
O Núcleo de Extensão na modalidade de Ensino a Distância da Faculdade Única de Ipatinga (Nuex-EaD/FUNIP), na última quinta-feira (07), estabeleceu uma parceria com a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da prefeitura de Timóteo para o desenvolvimento do projeto de extensão ‘Horta Agroecológica na Escola’ sob a coordenação dos professores Ronald Assis Fonseca (coordenador dos cursos de Gestão Ambiental e Geografia) e Jorge Benedito de Freitas Teodoro (Coordenador do Nuex-EaD).
A parceria pretende desenvolver atividades pedagógicas visando tanto o crescimento dos alunos(as) extensionistas envolvidos no projeto, quanto contribuir com a formação dos alunos(as) das escolas municipais de Timóteo/MG, fortalecendo perspectivas formativas lúdicas e extraclasse voltadas para o contato com o meio ambiente e com a alimentação saudável. A primeira escola que irá receber o projeto ‘Horta Agroecológica na Escola’ será a Escola Municipal Infantil Cecília Meireles, localizada no bairro Bromélias, com a possibilidade de que o projeto seja expandido para os demais estabelecimentos de ensino da rede municipal de Timóteo-MG.
Deste modo, salienta o coordenador do Nuex-EaD, a Faculdade Única de Ipatinga fortalece o seu compromisso com a comunidade do Vale do Aço ao propor que os conhecimentos adquiridos pelos acadêmicos, docentes e funcionários retornem à comunidade na forma de projetos extensionistas que possam contribuir com a formação integral dos estudantes e responder às necessidades comunitárias.
Jorge Benedito de Freitas Teodoro destaca a importância da parceria entre o poder público e a instituição de ensino do que tange ao papel social desta em se fazer relevante para com as questões locais. “Essa aproximação com a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Timóteo, fortalece os vínculos da Faculdade Única de Ipatinga com a comunidade do Vale do Aço, pois devolve à essa mesma comunidade os saberes em desenvolvimento no interior da Faculdade. Nesse sentido, para nós, é um passo importante na fundamentação de novos projetos que ressaltem a pertinência da configuração do diálogo entre a Faculdade e a comunidade. Ademais, os saberes construídos em sala de aula não podem ficar restritos ao seu contexto, mas pelo contrário, eles, os saberes, devem responder aos problemas e inquietações da sociedade em geral. Essa parceria, em via de mão dupla, ressalta o compromisso da fundamentação de uma educação de qualidade”, explica.
HORTA AGROECOLÓGICA
Ronald Assis, um dos coordenadores do projeto, explica que a experiência vivida em ações semelhantes em outros pontos do país será determinante para o êxito da iniciativa em Timóteo. “Já trabalhei em escolas na região nordeste do Brasil com a horta agroecológica e quando Jorge surgiu com a ideia, fomos visitar e conhecer o local, e o leque de oportunidades no espaço ocioso começou a se abrir, e o que de início, era pra ser um projeto de horta, se expandiu para um quintal agroflorestal com o objetivo de promover o contato dos alunos com a natureza, a experiência com a terra, a troca de saberes mútuos, a prática da alimentação saudável e potencialidade de criar um local que seja um laboratório vivo para a escola, mas que não seja apenas para estudar conteúdos, mas de promover a sensibilização ambiental”, conta.
De acordo com Ronald, o projeto piloto visa alcançar os alunos da educação infantil de forma direta, porém os benefícios vão muito além, podendo se estender aos pais, funcionários e a comunidade. O professor, finaliza dizendo que o Vale do Aço tem uma oportunidade fantástica em mãos de construir um futuro sustentável a partir da educação.
“Na região Nordeste, existe um dificultador que é o clima, o regime hídrico, e lá se aprende a produzir com o que se tem, com as possibilidades. Ao analisar a participação dos alunos lá, percebo que eles desenvolvem um sentimento de pertencimento diante das dificuldades e trazer a ideia para a região sudeste, particularmente para Timóteo está na tentativa de promover o resgate histórico e cultural que envolve a agricultura, que hoje, sabemos, ser irracional e insustentável em sua grande maioria”, explica o coordenador do ‘Horta Agroecológica na Escola’.